2. Projeto OTO
Neste projeto vamos desenvolver aplicativos com objetivos educacionais que possam ser usados em "modo texto" permitindo o uso de monitores e computadores antigos, que não apresentam bom desempenho em "modo gráfico".
Para isso vamos usar o sintetizador de voz Espeak e a biblioteca CK que oferece praticamente todos elementos gráficos (Widgets) em modo texto para scripts em Tcl.
2.1. Transformando "Lixo Eletrônico (ou Sucata Eletrônica)" em recurso educacional.
Tudo o que consumimos gera resíduos, e com a tecnologia não é diferente. A cada ano surgem aparelhos de celular mais modernos, computadores mais eficientes, TVs maiores etc.
E para onde vão nossos antigos equipamentos elétricos e eletrônicos?
Para o lixo! E na maior parte das vezes sem receber tratamento adequado.
E o Lixo Eletrônico, se descartado de forma inadequada, torna-se um sério risco para o meio ambiente, pois possui em sua composição metais tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, além de outros compostos químicos como os BFRs (Brominated Flame Retardants). Liberados no meio ambiente, os metais tóxicos contaminam o solo e podem contaminar os aquíferos subterrâneas; se queimados, os BFRs liberam compostos tóxicos na atmosfera.(Fonte: Wikipedia)
O lixo eletrônico é um grande problema no mundo e principalmente nos países em desenvolvimento. E de acordo com matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo em fevereiro de 2010, o Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico entre os países emergentes segundo estudo realizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma).
Países na África (Ex: Gana) e na Ásia (Ex: China e Índia) recebem grandes volumes de lixo eletrônico da Europa e Estados Unidos, nos quais grande número de trabalhadores realizam, manualmente e sem proteção, a separação de metais de placas de circuito, que liberam resíduos tóxicos no solo e nos rios.
Figura 2. Algumas imagens da situação completamente inadequada de disposição de sucata eletrônica ou a sua reciclagem "manual" em condições inadequadas. (Fonte: BBC).
O artigo Lixo eletrônico - problema e soluções indica 6 iniciativas para atacar este problema.
Alertar para a problemática do lixo eletrônico
Promover o desenvolvimento da indústria de reciclagem do lixo eletrônico
Promover parcerias para Campanha de Educação Ambiental e para coleta dos micros domésticos
Promover o reuso de equipamentos, aumentando seu tempo de vida e reduzindo a quantidade de lixo eletrônico
Promover a Inclusão Digital através do reuso de microcomputadores
Evitar a contaminação ambiental e a saúde pública devido à disposição incorreta do lixo eletrônico
Decidimos escolher 2 iniciativas dessa lista para atuar concretamente:
Alertar para a problemática do lixo eletrônico
Promover o reuso de equipamentos, aumentando seu tempo de vida e reduzindo a quantidade de lixo eletrônico
Conforme descrito na seção Diário Info-Pimentel temos alguns monitores e computadores antigos que estão fora de uso devido aos limitados recursos de memória e processamento para rodar aplicações gráficas mais recentes.
E por isso resolvemos criar o Projeto OTO com o seguinte objetivo:
desenvolver aplicativos com objetivos educacionais que possam ser usados em "modo texto" permitindo o REUSO de monitores e computadores antigos, que não apresentam bom desempenho em "modo gráfico", e compartilhar essas informações "neste site" para que outras pessoas possam replicar essa iniciativa.
Para o desenvolvimento desse projeto utilizamos os seguintes projetos de Software Livre:
O Software Livre eSpeak. Um sintetizador de voz leve e com suporte para diversas línguas incluindo o Português e o Esperanto.
A biblioteca CK (Software Livre) que permite o desenvolvimento de interfaces gráficas em "modo texto" usando a linguagem Tcl, viabilizando o uso de monitores antigos.
Escolhemos inicialmente um computador com um processador Pentium 200 MHz, 30 MB de memória RAM e HD de 4 GB para a primeira instalação do projeto OTO.
Este computador ficou a disposição dos participantes do 23o. Encontro Estadual de Esperanto do Rio de Janeiro, nos dias 19 e 20 de maio, na cidade de Teresópolis (RJ).
