5. Supercultura

[...] Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste essas coisas dos sábios e inteligentes, e as revelaste aos infantes. (Mateus 11:25)

Alfabetizar e instruir sempre.

Sem escola, a humanidade se embaraçaria na selva; no entanto, é imperioso lembrar que as maiores calamidades da guerra procedem dos louros da inteligência sem educação espiritual.

A intelectualidade requintada entretece lauréis à civilização, mas, por si só, não conseguiu, até hoje, frenar o poder das trevas.

A supercultura monumentalizou cidades imponentes e estabeleceu os engenhos que as arrasam.

Levantou embarcações que se alteiam como sendo palácios flutuantes e criou o torpedo que as põe a pique.

Estruturou asas metálicas poderosas que, em tempo breve, transportam o homem, através de todos os continentes, e aprumou o bombardeiro que lhe destrói a casa.

Articulou máquinas que patrocinam o bem-estar no reduto doméstico, e não impede a obsessão que comumente decorre do ócio demasiado.

Organizou hospitais eficientes e, de quando em quando, lhes superlota as mínimas dependências com os mutilados e feridos, enfileirados por ela própria, nas lutas de extermínio.

Alçou a cirurgia às inesperadas culminâncias, e aprimorou as técnicas do aborto.

E, ainda agora, realiza incursões a pleno espaço, nos albores da astronáutica, e examina do alto os processos mais seguros de efetuar aniquilamento em massa pelo foguete balístico.

Iluminemos o raciocínio, sem descurar o sentimento.

Burilemos o sentimento, sem desprezar o raciocínio.

O Espiritismo, restaurando o Cristianismo, é universidade da alma. Nesse sentido, vale recordar que Jesus, o Mestre por excelência, nos ensinou, acima de tudo, a viver construindo para o bem e para a verdade, como a dizer-nos que a chama da cabeça não derrama a luz da felicidade sem o óleo do coração.