Com base nas aulas teóricas do CEPEAS vamos agora iniciar o planejamento de um projeto sintrópico para experimentar “na prática” os conceitos teóricos.
Um dos fundamentos da sintropia é a produção agrícola em um ambiente “florestal” onde se busca maximizar a produtividade (taxa de fotossíntese) através do “manejo” adequado.
Esse “manejo” busca “harmonizar” a atividade agrícola com os “fenômenos naturais” que regulam os processos físicos, químicos e biológicos e pode ser resumido em 3 princípios (CCC):
Consórcio adequado - combinação de diferentes espécies (biodiversidade) adaptadas às condições locais (clima e solo)
Cortes periódicos - podas e raleamentos periódicos visando criar “distúrbios estimulantes” no sistema
Cobertura do solo - proteção constante do solo visando evitar impactos negativos na atividade microbiológica do solo
Ou seja, a “Agricultura Sintrópica” é uma “Agricultura Ecológica” que procura “conhecer” os mecanismos que regulam o funcionamento dos sistemas florestais e, com base nesses conhecimentos, busca estimular os “processos naturais” visando maximizar a produtividade agrícola de maneira “sustentável”.
Por isso a “Agricultura Sintrópica” é uma “Agricultura de Processos”, ao contrário da agricultura convencional que é uma “Agricultura de Insumos” pois depende de uma “aporte” contínuo de insumos externos na forma de fertilizantes, herbicidas, inseticidas, fungicidas etc.
O planejamento de um sistema sintrópico consiste em selecionar quais as espécies serão combinadas, e de que forma? Visando estabelecer um sistema “multiestratificado” (com diferentes alturas) e que vão se “sucedendo” ao longo do tempo.
Em linhas gerais um sistema sintrópico passa pelos seguintes estágios:
Colonização
Acumulação
Abundância
Com respeito aos estratos devemos escolher espécies com diferentes alturas para preencher os 4 estratos (níveis), cada qual ocupando um percentual limite da área total:
Estrato Baixo - plantas da “base” que devem ocupar uma “proporção relativa” de 4x a área ocupada pelo estrato emergente
Estrato Médio - plantas de maior porte do que do estrato baixo que devem ocupar uma “proporção relativa” de 3x a área ocupada pelo estrato emergente.
Estrato Alto - plantas mais altas do que as do estrato médio com uma área ocupada equivalente a 2x a área ocupada pelo estrato emergente
Estrato Emergente - as plantas mais altas do sistema
O planejamento de um “sistema sintrópico” visa organizar as diferentes espécies nos seus respectivos estratos, e a “sucessão” das espécies ao longo do tempo.
As diferentes etapas (estágios, momentos) de um sistema sintrópico podem ser classificadas em:
Placenta I - plantas de ciclo curto, de até ~6 meses, que vão dar início ao sistema criando um “ambiente favorável” para as plantas que virão mais tarde
Placenta II - plantas com ciclo de vida de até ~2 anos que aproveitam os recursos oferecidos pelas plantas da Placenta I e garantem as condições para a etapa sucessória seguinte
Secundária I - plantas com ciclo de vida de até ~10 anos
Secundária II - penúltimo estágio sucessório composto pelas plantas com ciclo de vida de até ~25 anos
Clímax - último estágio sucessório composto pelas plantas que podem viver mais do que 25 anos
Nota
Estrato é a altura da planta em relação às plantas do mesmo consórcio (estágio). Por exemplo, na placenta I o milho é do estrato alto, o feijão de corda é do estrato médio e a abóbora é do estrato baixo.
Os ciclos de vida dos estágios sucessórios não são limites rígidos mas apenas valores aproximados para dar uma idéia da “ordem de grandeza” da duração relativa de cada estágio.
É necessário planejar a sucessão considerando o ciclo de vida de cada planta. Por exemplo, ao plantar um representante da secundária 1, deve-se ter em mente que ela vai morrer e deve ter uma outra planta que vai cumprir o papel de proteção após a “partida” da secundária 1. As plantas do estágio “climáxico” devem estar presentes desde o início do sistema.
É necessário pensar nas árvores que crescem rápido, mas não podem faltar as árvores que vão continuar a proteção do sistema.
Lembrar que cada espécie tem um ciclo de vida, portanto se uma espécie dura 4 anos, é necessário planejar e plantar as espécies ou indivíduos que vão substituir e dar continuidade à produção de biomassa quando os primeiros indivíduos terminarem o seu ciclo de vida.
Preparo das linhas:
Afofar linhas com largura de ~50cm usando uma enxada rotativa ou subsolador e cobrir com biomassa.
Para matar o capim, capinar em junho e deixar para plantar em outubro. Na hora de plantar, afastar a biomassa e fazer o plantio com mudas ou sementes.
Em alguns solos compactados pode ser necessário afofar de 30-40 cm de profundidade (e uns 30 - 50 cm de largura), se tiver uma “laje de compactação”
Pode ser conveniente plantar primeiro as plantas que protegem e no ano seguinte plantar as plantas que ficarão protegidas.
A madeira que for podada precisa ser picada pra ficar em contato com o solo e facilitar a decomposição pelos fungos.
A seguir temos como exemplo um diagrama com os indivíduos dos diferentes estratos em 3 linhas consecutivas.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------- ... (placenta I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (placenta II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (clímax) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (placenta II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (placenta I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e | ^ ^ ^ ^ | 3 - 5 m | | (placenta I) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (placenta II) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (secundária I) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (secundária II) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (clímax) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (secundária II) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (secundária I) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (placenta II) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m (placenta I) b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m | ^ ^ ^ ^ | 3 - 5 m | | (placenta I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (placenta II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (clímax) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (secundária I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (placenta II) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e (placenta I) m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e m b a b m b a b m e ... ^ ^ ^ ^ --------------------------------------------------------------------------------------------------------
Onde:
b - estrato baixo (80 % de sombreamento)
m - estrato médio (60 % de sombreamento)
a - estrato alto (40 % de sombreamento)
e - estrato emergente (20 % de sombreamento)
Observe que em cada “bloco” de um estágio sucessório (e m b a b m b a b m) temos 1 emergente (e), 4 do estrato baixo (b), 3 do estrato médio (m) e 2 do estrato alto em posições alternadas.
Esta organização foi proposta visando atender os percentuais de sombreamento para os diferentes estratos e minimizar a sobreposição das copas dificultando a fotossíntese.
Nota
Isto é apenas uma sugestão para ajudar no planejamento das linhas de árvores.
A figura 3 mostra uma animação do diagrama anterior para visualizar “evolução” do sistema.
Lembrar que:
b - estrato baixo (80 % de sombreamento)
m - estrato médio (60 % de sombreamento)
a - estrato alto (40 % de sombreamento)
e - estrato emergente (20 % de sombreamento)
A seguir uma tabela com exemplos de plantas "de interesse econômico" para os diferentes estratos e estágios.
Tabela 1.
| Estrato / Estágio | emergente (e) | médio (m) | baixo (b) | alto (a) | baixo (b) | médio (m) | baixo (b) | alto (a) | baixo (b) | médio (m) |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Placenta I | milho verde (~90 dias) / Girassol (~90 dias) / Milho (~120 dias) / Gergelim (~120 dias) | alface crespa (~45 dias) / alface roxa (~45 dias) / rabanete (~45 dias) / rúcula (~45 dias) / coentro (~45 dias) / almeirão (~ 90 dias) / alface americana (~ 90 dias) / chicória (~90 dias) / nabo (~45 dias) / acelga (~90 dias) | pepino (~ 90 dias) / feijão-preto (~90 dias) / agrião-d'água (~90 dias) | couve-flor (~ 90 dias) / brócolis (~ 90 dias) / milheto (~ 90 dias) / sorgo (~ 90 dias) / feijão de corda (~ 90 dias) / vagem trepadeira (~ 90 dias) | feijão-de-porco (~120 dias) / melancia (~120 dias) / batata-doce (~120 dias) / melão (~120 dias) | batata (~120 dias) / linhaça (~120 dias) / alho poró (~120 dias) / cenoura (~120 dias) / beterraba (~120 dias) / salsão (~120 dias) / abobrinha (~120 dias) | feijão-carioca (~90 dias) / pepino (~90 dias) / maxixe (~90 dias) / vagem-rasteira (~90 dias) | tomate (~120 dias) / ervilha-torta (~120 dias) / repolho (~120 dias) / trigo (~120 dias) / pimentão (~120 dias) / vinagreira (~120 dias) / jiló (~120 dias) / couve (~120 dias) | espinafre (~120 dias) / soja (~120 dias) / feixão-azuki (~120 dias) / cebolinha (~120 dias) | alho-poró (~ 120 dias) |
| Placenta II | Quiabo (~6 meses) / Mamão, Carica papaya (produção 1-4 anos) | cebola (~6 meses) / pimenta-cambuci (~6 meses) / mangarito (~6 meses) / arroz (~6 meses) / fava (~6 meses) | Amendoim (~6 meses) / Salsinha (~6 meses) / Hortelã (~6 meses) / Abóbora (~6 meses) | Mucuna (~6 meses) / Berinjela (~6 meses) / manjericão (~6 meses) / Maracujá, Passiflora edulis (~6 meses - 3 anos) | Gengibre (~12 meses) / Nirá (~12 meses) / Orégano (~12 meses) / Poejo (~12 meses) | Pimenta-malagueta (~12 meses) / Moranguinho (~12 meses) / Mandioquinha Salsa (~12 meses) / Alho (~12 meses) / Bardana (~12 meses) | Abacaxi (~18 meses) / Açafrão (~18 meses) | Mandioca (~12 meses) / Feijão Guandu, Cajanus cajan (~12 meses) / Yacon (~12 meses) / Manjericão (~12 meses) / Alfavaca (~12 meses) | Araruta (~12 meses) / Manjerona (~12 meses) / Lírio-do-brejo (~12 meses) / Taioba (~12 meses) | Amora-de-espinho (~18 meses) |
| Secundária I | Cajá mirim, Spondias mombin (produção 3-30 anos) / Fruta pão, Artocarpus altilis (produção 5-30 anos) / Jaracatiá, Jacaratia spinosa (Aubl.) A. DC. (produção 2-20 anos) | Amora, Morus nigra (produção 1,5-3 anos) / Caferana, Bunchosia armeniaca (produção 5-15 anos) / Coité, Crescentia cujete (produção 3-15 anos) / Goiaba serrana, Acca sellowiana (produção 6-15 anos) / Groselha (vinagreira), Hibiscus sabdariffa (produção 6-15 anos) / Laranja, Citrus sinensis (produção 3-15 anos) / Erva mate, Ilex paraguariensis (produção 3-30 anos) / Ameixa japonesa, Prunus salicina (produção 3-30 anos) / Carambola, Averrhoa carambola (produção 3-30 anos) / Banana maçã, Musa sp (produção 1,5-30 anos) / Banana ouro, Musa sp (produção 1,5-30 anos) / Banana pão, Musa sp (produção 1,5-30 anos) / Banana prata, Musa sp (produção 1,5-30 anos) | Abacaxi, Ananas comosus (produção 1,5-3 anos) / Café, Coffea arabica (produção 2-30 anos) | Açaí, Euterpe oleracea (produção 3-15 anos) / Banana da terra, Musa sp - Plantain group (produção 1-3 anos) / Nêspera, Eryobotria japonica (produção 5-15 anos) / Goiaba, Psidium guajava (produção 3-30 anos) / Pitaia, Hylocereus polyrhizus (produção 2-15 anos) / Rambutã, Nephelium lappaceum (produção 6-15 anos) / Romã, Punica granatum (produção 5-15 anos) / Videira, Vitis vinifera (produção 3-30 anos) | Limão cravo, Citrus limonia (produção 3-10 anos) / Figo da índia, Cactus ficus-indica L. (produção 2-30 anos) | Longan, Dimocarpus longan (produção 5-15 anos) / Louro, Laurus nobilis (produção 3-20 anos) / Marmelada-de-cachorro, Alibertia edulis (produção 6-15 anos) / Nectarina, Prunus persica var. nucipersica (produção 3-15 anos) / Poncã, Citrus reticulata (produção 3-15 anos) / Urucum, Bixa orellana (produção 2-3 anos) / Pêssego, Prunus persica (produção 3-30 anos) / Pitanga, Eugenia uniflora (produção 6-30 anos) / Uvaia, Eugenia pyriformis (produção 6-30 anos) | Lima da pérsia, Citrus limettioides (produção 3-15 anos) | Banana nanica, Musa sp (produção 1,5-3 anos) / Guaraná, Paullinea cupana (produção 6-15 anos) / Ingá, Inga sp (produção 3-15 anos) / Caqui, Diospyros kaki (produção 3-10 anos) / Jambolão, Syzygium cumini (produção 3-15 anos) / | Limão taiti, Citrus latifolia (produção 3-15 anos) / Cacau, Theobroma cacao (produção 3-30 anos) | Banana roxa, Musa acuminata (Red dacca) (produção 2-15 anos) / Banana São Tomé, Musa sp (produção 2-15 anos) / Biribá, Rollinia deliciosa (produção 4-15 anos) / Graviola, Annona muricata (produção 5-15 anos) / Pinha, Annona squamosa (produção 4-15 anos) / Figo, Ficus carica (produção 2-30 anos) |
| Secundária II | Pequi, Caryocar brasiliense (produção 6-30 anos) / Pera, Pyrus sp (produção 6-30 anos) / Tamarindo, Tamarindus indica (produção 6-30 anos) | Abacate, Persea americana (produção 6-30 anos) / Araçá, Psidium sp (produção 8-30 anos) | Cabeludinha, Myrciaria glazioviana (produção 6-30 anos) | Chichá, Sterculia striata (produção 6-30 anos) / Oliveira, Olea europaea (produção 5-30 anos) / Pupunha, Bactris gasipaes (produção 5-30 anos) | Cupuaçu, Theobroma grandiflorum (produção 6-30 anos) / Jambo, Eugenia jambos (produção 8-30 anos) | Jaca, Artocarpus heterophyllus (produção 6-30 anos) / Jerivá, Syagrus romanzoffiana (produção 10-30 anos) / Manga Mangifera indica (produção 3-30 anos) | Marmelo português, Cydonia oblonga (produção 6-30 anos) | Murici, Byrsonima crassifolia (produção 6-30 anos) / Pataste, Theobroma bicolor (produção 8-30 anos) | ||
| Clímax | Bacuri, Platonia insignis (produção 10-30 anos) / Jatobá, Hymenaea courbaril (produção 10-30 anos) / Castanha do Pará (ou do Brasil), Bertholletia excelsa (produção 12-30 anos) / Buriti, Mauritia flexuosa (produção 15-30 anos) / Copaíba, Copaifera Langsdorffii (produção 12-30 anos) / Noz pecã, Carya illinoinensis (produção 10-30 anos) / Sapucaia, Lecythis pisonis (produção 10-30 anos) | Cambucá, Plinia edulis (produção 10-30 anos) / Abiu roxo, Chrysophyllun cainito (produção 15-30 anos) / Cagaita, Stenocalyx dysentericus (produção 15-30 anos) / Guabiroba, Campomanesia xanthocarpa (produção 10-30 anos) | Bacupari miúdo, Garcinia gardneriana (produção 10-30 anos) | Macadâmia, Macadamia integrifolia (produção 10-30 anos) / Pitomba, Talisia esculenta (produção 10-30 anos) / Sapoti, Manilkara zapota (produção 10-30 anos) / Acerola, Malpighia emarginata (produção 10-30 anos) / Seringueira, Hevea brasiliensis (produção 10-30 anos) | Canela de cheiro, Cinnamomum zeylanicum (produção 15-30 anos) / Grumixama, Eugenia brasiliensis (produção 10-30 anos) / Mangostão, Garcinia mangostana (produção 15-30 anos) / Mangostão amarelo, Cratoxylum cochinchinense (produção 15-30 anos) / Jabuticaba sabará, Myrciaria jaboticaba (produção 10-30 anos) | Araçá piranga, Eugenia leitonii (produção 10-30 anos) / Cereja do rio grande, Eugenia aggregata (produção 10-30 anos) / Jambo amarelo, Syzygium jambos (produção 10-30 anos) / Marangue, Artocarpus odoratissima (produção 10-30 anos) | Jabuticaba-da-mata-atlântica, Plinia cauliflora (produção 15-30 anos) / Bacupari açú, Rheedia macrophylla (produção 10-30 anos) / Cambuci, Campomanesia phaea (produção 10-30 anos) |
No entanto é necessário incluir no planejamento as plantas que vão ajudar a produzir biomassa e ajudar na liberação de nutrientes no solo estimulando o metabolismo dos microorganismos do solo (fungos e bactérias). A seguir uma tabela com exemplos de árvores que suportam poda contínua e vão ajudar a produzir biomassa para o sistema.
Tabela 2.
| Estrato / Estágio | emergente (e) | médio (m) | baixo (b) | alto (a) | baixo (b) | médio (m) | baixo (b) | alto (a) | baixo (b) | médio (m) |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Placenta I | ||||||||||
| Placenta II | ||||||||||
| Secundária I | Gliricidia, Gliricidia sepium / Jamelão / Mutamba, Luehea candlcans, Nomes populares - mutamba-preta, açoita-caval / Pata de vaca, Bauhin;a ungulata, Nomes populares - mororó, pata-de·vacao / Pata de vaca, Bauhinia uruguayensis, Nome popular - pata-de-vaca / Hovenia dulcis, Nomes populares: uva-do-japão, uva-japonesa, uva-chinesa, mata-fome / Erythrina falcata, Nomes populares - corticeira-da-serra, mulungu | |||||||||
| Secundária II | Lithraea molleoides, Nomes populares - aroeira-branca, aroeira-brava, aroeirinha, aroeira-do-brejo, aroeira-da-capoeira, bugreiro (pode atingir 3m em 2 anos) / Schinus molle , Nomes populares - aroeira-salsa. aroeira-salsa, aroeira, aroeira-Iolha-de-salso, aroeira-mole, corneiba. corneita, anacauíta, fruto-de-sabiá, aroeira-periquita. pimenteira, terebinto, balsamo. (pode atingir 3m em 2 anos) | |||||||||
| Clímax | Carapa guianensis, Nomes populares - andiroba, andiroba-saruba, iandirova. iandiroba, carapá, carapa, nandiroba / Tabebuia alba, Nomes populares: ipê-da-serra, ipê-amarelo-da-serra, ipé-amarelo. ipé-mandioca. ipé-branco, ipê-tabaco, ipê-mamona / Handroanthus cristatus, Nomes populares - ipê-rajado, ipê-amarelo, pau-d'arco-amarelo / Tabebuia avellanedae, Nomes populares - ipê-roxo, pau-d'arco-roxo, ipê-roxo-da-mata. ipê-preto. ipê-rosa, ipê-comum, ipê-cavatã. lapacho, peuva, piúva / Cariniana estrellensis, Nomes populares· jequitíbá. jequitibá·branco, estopeira (RS, SC, PR), estopeiro, pau-estopa, pau-de-cachimbo (SC), jequitibá-rei, estopa, cachimbeiro, bingueiro, mussambê, coatinga, coatingua, jequitibá-vermelho, jequitibá-rosa / Cariniana legalis, Nomes populares: jequitibá-rosa, jequitiba-vermelho, jequitibá-cedro, jequitibá-de-agulheiro, jequitibá-grande, pau-caixão, pau-carga, jequitibá-branco, congolo-de-porco, caixão / Aspidosperma cylindrocarpon, Nomes populares - peroba-poca, peroba-iquira, peroba-de-lagoa-santa, peroba-de-minas. peroba-rosa / Aspidosperma macrocarpon, Nomes populares - guatambu-do-cerrado, guatambu, peroba-cetim, pereira, pau-pereira. muirajuçara / Aspidosperma polyneuron, Nomes populares - peroba, peroba-rosa (PR). peroba-amargosa. peroba-rajada. peroba-açu, sobro (ES), peroba-comum, peroba-do-rio, peroba-paulista. peroba-mirim. peroba-miúda / Aspidosperma ramiflorum, Nomes populares· matiambu, matambu, guatambu-amarelo, guatambu-grande, guatambu, peroba-amarela, peroba-café, pequiá, pequiá-doce, tambu, tambu-peroba / Chrysophyllum gonocarpum, aguaí, aguaí-da-serra (RS), peroba-branca (RJ), guatambu-de-sapo (SP), caxeta, caxeta-amarela, coerana. aguaizeiro, mata-ôlho (RS) / Aspidosperma australe, Nomes populares - pequiá, guatambu, guatambu-amarelo, tambu-verde, peroba, peroba-branca, tambu·canudo, peroba-tambu / Aspidosperma spruceanum, Nomes populares - amargoso, peroba, araracanga, pau-amarelo, pequiá-marfim, pitiá, quina-da-mata, guatambu-rugoso | Myracrodruon urundeuva, Nomes populares· urundeúva, aroeira, aroeira-do-sertão (CE), aroeira-da-campo, aroeira-da-serra, urindeúva, arindeuva, arendiuva, aroeira-preta / Astronium conclnnum, Nomes populares - guaribu-preto, mucuri, aroeira-mucuri, aderno-preto, gibatão-rajado. guarabu-marcineiro, guarabu·preto, mirueira, gibata. gibata-preto, gonçalo-alves (madeira usada para a fabricação de móveis de luxo) / Myracrodruon balansae, Nomes populares - pau-ferro, aroeirao, urunday / Virola surinamensis, Nomes populares· uncuúba-da-várzea, uncuúba-branca. ucuúba-verdadeira, ucuúba-amarela. ucuúba-branca, ucuúba-cheirosa, andiroba (CE). árvore-do-sebo. bicuiba. nos-moscada (PA), | Dipteryx alata, Nomes populares· cumbaru (MS), cumaru, baru (MG e GO), barujo, coco-feijão, cumarurana, emburena-brava, feijão-coco, pau-cumaru |